Não são todos momentos nossos, mas momentos, assuntos ou situações que nos interessam
Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo fim...
Abraços a todos
Todos os anos o Grupo PÉ NA
ESTRADA - Contagem faz uma caminhada de maior dificuldade. Este ano
escolhemos a travessia Lapinha da Serra até tabuleiro. Lapinha da Serra fica no
distrito de Santana do Riacho na região da Serra do Cipó. A trilha segue
passando pela serra até chegar ao Parque Natural Municipal do Tabuleiro, onde
fica a cachoeira do Tabuleiro. A trilha tem uns 40 km e o caminho aparenta muito
uso, mas não tem muitas marcações. A linha vermelha na foto indica mais ou menos o caminho. É bom contratar um guia.
Mapa da trilha
Nossa caminhada foi feita em dois dias e no trecho, moradores
disponibilizam pontos de apoio. No primeiro dia almoçamos na casa de Dona Ana
Benta e a deliciosa comida caseira foi feita por Lucas. Ao final do primeiro
dia paramos para dormir na casa de dona Maria e Sr José Olinta.
Marcamos a saída para o dia 31/08/18 de Contagem em direção a Lapinha
da Serra. Lá passamos a noite na pousada Briza do Lago onde o Eumar nos recebeu muito bem. O serviço e os quartos são legais e o café da manhã com gostinho mineiro. A Vista do paredão da serra é muito bacana.
Vista da serra da Pousada Briza do Lago
Pracinha de Santana do Riacho
No dia seguinte acordamos bem cedo e saímos ás 07:00h para a caminhada atravessando o lugarejo. Uma cidadezinha muito bacana e merece um retorno. Logo na saída da cidade,
passamos por um descampado onde passava um rio que formava um lago, mas estava baixo
e o lago raso.
Depois disso, a trilha começou a subir na encosta da serra. Com 2 horas
de caminhada, chegamos a capela Nossa Senhora Aparecida onde o guia no relatou que aquela
capela é conhecida como "Capela de um homem só". É um ponto de oração na serra.
Neste ponto da subida parecia que estávamos na neve
"Capela de um homem só"
Continuamos a caminhada pelo alto da primeira serra. Na descida
passamos por um cruzeiro e logo mais á frente, desviamos para
observar uma fazenda que parecia abandonada.
Cruzeiro
Fazenda Abandonada
Continuamos caminhando até cruzar o rio cipó no ponto onde tem uma prainha. Já era
perto da hora do almoço e estávamos ansiosos para chegar ao primeiro ponto de apoio
para descansar um pouco e comer.
Prainha Rio Cipó antes Sítio Ana Benta
Após o almoço, subimos mais uma serra e caminhamos até passar por um
ponto de controle do Parque Natural Municipal Ribeirão do Campo. Provavelmente um local para evitar
queimadas e outras situações. Ficamos sabendo que a trilha da caminhada mudou
um pouco e respondemos a uma pesquisa que ela poderia ser melhor sinalizada.
Depois da segunda serra que subimos, enfrentamos uma descida íngreme
que exigiu muito da musculatura. Em todas as nossas caminhadas é disputado o campeonato mundial de estabaco. Cada queda merece nota e muitas gargalhadas, mas, felizmente, nessa caminhada o campeonato passou em branco.
Passamos por uma fazenda e aproveitamos para reabastecer as garrafas d’agua. Seguindo no caminho, uma pequena manada provocou um
dos episódios hilários da caminhada. “Corre que os bois estão vindo”.
Lá pelas 17:00 h chegamos ao ponto de apoio onde iríamos passar a
noite. A casa da D Maria e Sr José Olinta, que oferecem quartos, área de camping,
chuveiro, cerveja e um delicioso jantar. Tudo a um preço bem acessível. O café da manhã é bem simples e o Sr Olinta vende pó de
café temperado com cravo.
Vista sítio D Maria
Amanhecer Sítio D Maria
Saída do segundo dia
O segundo dia é o dia da caminhada mais extensa e difícil. A programação é caminhar por umas duas horas até uma mata,
esconder as mochilas e seguir até o topo da cachoeira. A descida para a
cachoeira é bem íngreme e acidentada, ainda bem que estávamos sem as mochilas. Chegamos
ao mirante da cachoeira e do vale.
Uma pequena que a queda estava fraca
Vista parcia da cachoeira e do vale
Pegamos a trilha de volta para voltar até o topo da cachoeira. Chegamos a uma descida de pedras e caminhamos
por uma garganta com paredes de pedras até a cachoeira. Lá tem um
local onde podemos ver o vale do parque e deitar para observar a queda d’agua e
o poço lá em baixo. A altura da queda é de uns 270 mts.
Indicação para o local de início da cachoeira
Início da cachoeira
Paredões antes da queda d'agua
Vista do topo da queda d'agua com o lago abaixo
Paredão que forma o tabuleiro
Voltamos pela trilha até o local onde deixamos as mochilas e a subida
foi pesada. Depois de pegar as mochilas pegamos a trilha a esquerda para descer
até a entrada do parque. Foi mais duas horas de caminhada, a descida é mais suave. E a vista da sede do parque animou o pessoal. No parque tem
um mirante de onde se pode ver a cachoeira de frente e o esporte é encontrar os
números 1, 2 e 3 escritos naturalmente nas pedras da muralha.
Descida para entrada do parque
"Coração" da cachoeira do tabuleiro
Paredão da cachoeira
Chegamos à entrada do parque lá pelas 15:30h. Cansados, pés doloridos, mas satisfeitos pela aventura.
Chegada e descanso final
No distrito do tabuleiro a pousada Gameleira é muito
bacana e o dono dela faz visitas guiadas pelos arredores, inclusive uma caminhada a parte de baixo da cachoeira. Merece uma nova caminhada.
A volta para casa foi em silêncio devido ao cansaço, mas todos
aproveitamos muito o desafio.